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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pensando sobre o Ensino Medio



Com as reformas educacionais iniciadas em 1994 e fortalecidas a partir de 2002, vemos que o governo também tem se preocupado com a maior inclusão dos alunos no Ensino Médio e com seu melhor aproveitamento. Com isso elaborou diretrizes e orientações aos professores para que pudessem planejar e ministrar suas aulas de forma adequada com esse novo momento, alem de possibilitar, apoiar e oferecer a melhor formação dos  professores com cursos continuados e  incentivo a formação universitária.
As reformas no Ensino Médio, se deram, como dito, de forma mais efetiva a partir de 1994, sob o governo de Presidente Fernando Henrique Cardoso. O Brasil vinha de fortíssimas turbulências políticas (pós Impeachment) e econômicas. Como parte da reorganização do País deu-se uma nova formulação ao Ensino Médio, alinhando-o ao ensino técnico, para uma melhor qualificação dos jovens, que até então estavam muito defasados em relação ao futuro que os novos governos estavam traçando para o País. Em 1998 o governo cria o ENEM com o intuito de avaliar o Ensino Médio e nortear as novas políticas de educação. A partir de 2002, sob o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, as políticas de valorização do Ensino Médio se aperfeiçoaram. O Brasil já havia vencido a primeira fase da batalha (descrita logo acima) e, com o forte crescimento econômico, industrial e tecnológico, viu-se a necessidade de capacitar ainda mais os alunos e se iniciou o incentivo ao ingresso ao Nível Superior. O ENEM então passa a ser também um vestibular para ingresso nas Universidades Federais e, juntamente com o financiamento publico, também à Universidades Particulares, democratizando o Ensino Superior no Brasil.
Alguns problemas surgiram nesta nova fase, principalmente, com vazamento das provas do ENEM, com impressões e correções erradas das mesmas. Também notou-se um ranqueamento das escolas, diferenciando-as e. por conseqüência, deixando algumas com fama de escolas ruins. Alem do fato do SISU (Sistema de Seleção Unificada) não levar em conta as condições que os alunos estudam, não diferenciando alunos do Norte com os do Sul e Sudeste, por exemplo, avaliando apenas o desempenho individual, sem falar nas dificuldades encontradas em outros anos para a inscrição on-line.
Embora tenha caminhado a passos largos, o Ensino Médio ainda não cumpre como deveria seu papel formador e de inclusão. Quase metade dos jovens com idade de cursá-lo, estão fora da escola. O maior motivo se deve ao fator econômico ainda, onde os mais pobres não conseguem continuar os estudos, abandonando-os no meio do caminho ou simplesmente nem ingressando no Ensino Médio. Outro fator que tira os jovens da escola é o fato do Ensino Fundamental ser muito ruim ainda. Estatísticas mostram que poucos alunos usufruem do Ensino técnico nas escola federais, conjugado ao ensino médio ou não, justamente por não terem conhecimento curricular satisfatório e, por conseqüência, não conseguirem acompanhar a nova etapa, fazendo com que a grande maioria não se forme no final do curso.
O investimento na educação é, sem duvida nenhuma, o caminho para o crescimento e democratização plena do nosso País. Não adianta tentarmos conquistar uma produtividade agrícola e industrial, sem qualificar a mão de obra e sem investimento em melhor formação e qualificação cientifica. O ensino tem que ser priorizado desde o inicio, com fortificação da base, ou seja, o Ensino Fundamental; e de políticas que motivem os jovens a se interessarem pela escola e pelo trabalho.
A ampla política de assistencialismo que vemos hoje precisa ser revista. Em um primeiro momento foi de suma importância para retirada de boa parte da população da extrema pobreza, mas o que necessitamos agora é da especialização e da educação plena dessa parcela da população, a fim de que sua geração e as subseqüentes não necessitem de assistência, e contribuam efetivamente para o progresso de seu meio e da nação. O Ensino Médio é o caminho para o crescimento e enriquecimento do País e precisa ter maximizado seu aproveitamento. É necessário o REAL investimento na estrutura das cidades onde se detecta o maior índice de inadimplência e evasão. Investimento em saúde, em melhoria das escolas, em assistência social, com acompanhamento das familias e reforço escolar na fase do Ensino Fundamental. Isso sim levaria o aluno dessas cidades e classes mais pobres ao Ensino Médio melhor preparados para a nova fase, dando-lhes condições de competir de “igual pra igual” com alunos de melhor classe social.

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